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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Eco da Palavra da Solenidade de Pentecostes (27/05/2012) – Jo 20,19-23


Quando a Igreja nos manda “participar da Santa Missa todos os domingos e dias santificados” (e esse é o primeiro mandamento da Igreja, hoje tão esquecido!) ela não tem outro interesse senão o que de que vivamos em plenitude os mistérios de Cristo celebrados em cada domingo como que em lições subsequentes, de modo que se perdemos uma, teremos dificuldade para compreender as seguintes. Viver fiel e intensamente o Ano Litúrgico é mergulhar no mistério de Cristo e deixar-se transformar por ele.
Digo isso, hoje, porque com a Solenidade de Pentecostes coroamos o Mistério Pascal e Deus se torna conhecido em nós na plenitude da sua revelação: já conhecemos o Pai, nosso criador, somos obra de suas mãos e tudo o que existe no mundo criado revela a sua grandeza; já conhecemos o Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador, pois há 50 dias celebramos a sua paixão, morte e ressurreição; hoje nos é dado conhecer o Espírito Santo, aquele mesmo Espírito que pôs ordem ao caos da criação, que animou Jesus na sua missão salvadora e que agora é dado a nós, Igreja como santificador.
São João tem uma forma toda própria de falar da vinda do Espírito Santo.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Eco da Palavra do V e do VI Domingos da Páscoa (06 e 13/05/2012) – Jo 15,1-17


Nestes dois últimos domingos do tempo pascal a liturgia nos apresentou a alegoria da vinha. Nela, Jesus afirma ser ele o tronco da videira; nós, os ramos e o Pai, o agricultor que plantou esta videira (cf. Is 5,1-2), dela cuida e espera que ela produza os devidos frutos: «Nisto meu Pai é glorificado, que deis muito fruto…» (Jo 15,8a).
Se nos lembrarmos que no IV Domingo da Páscoa ouvimos a alegoria do Pastor e do seu rebanho, podemos aqui afirmar que a proposta de Jesus se intensifica para nós. Ou seja, nós que outrora éramos chamados a ser ovelhas do rebanho de Cristo, sendo por ele conhecidas e conhecendo a sua voz e seguindo-a, agora somos chamados a uma união mais íntima, existencial, diria, ontológica (essencial, no nível do ser). Se pastor e ovelha jamais serão uma única realidade, mas sempre serão distintos; troco e ramos jamais serão distintos, pois a separação implica que o ramo na viva, mas seque e seja lançado ao fogo. Ou seja, Jesus nos revela que a nossa vida depende na sua existência da nossa união com Ele. Não basta o relacionamento de conhecimento e obediência, próprios do pastor e seu rebanho; é preciso uma união mais profunda que possibilite a transmissão da mesma seiva de vida que alimenta o tronco aos ramos, para que neles essa mesma seiva gere os frutos esperados pelo divino agricultor.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Eco da Palavra do IV Domingo da Páscoa (29/04/2012) – Jo 10,11-18

          A compreensão de Jesus como Bom Pastor marcou fortemente os discípulos das primeiras comunidades cristãs, a tal ponto de ser esta a primeira e mais antiga imagem de Jesus, pintada na sepultura de um cristão do primeiro século, em Roma, nas catacumbas de São Calixto. Não era o Senhor crucificado, nem mesmo ressuscitado, era o jovem Jesus com uma ovelha nos ombros: o Bom Pastor.

Todos os anos, o IV Domingo da Páscoa é dedicado a esta marcante figura. É o Domingo do Bom Pastor e Dia mundial de oração pelas vocações.

O evangelho proclamado (Jo 10,11-18) apresenta-nos duas característica marcantes que nos fazer identificar o Bom Pastor: