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sexta-feira, 15 de maio de 2020

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Eu preciso preparar a minha última páscoa, aproveitar esta vida para aprender a morrer.




Queridos(as) amigos(as),
Na Quarta-feira da Semana Santa deste ano (2019), refleti com a minha comunidade paroquial, no Sermão da Soledade de Nossa Senhora é um dos meus prediletos sobre dois aspectos da nossa vida e morte. Gostaria de partilhar com vocês, hoje, aqui, a primeira parte e o primeiro e mais provocador aspecto.
Eis o texto da transcrição do sermão, feita pela amiga e companheira no trabalho da educação da fé, Lúcia Vieira Alfaro Dias, a quem agradeço penhoradamente:

«Nós ouvimos no Evangelho de hoje Jesus dizer aos discípulos: Ide à cidade, procurai um certo homem e dizei: O mestre manda dizer que o meu tempo está próximo e vou celebrar a Páscoa em tua casa junto com os meus discípulos” (Mt 26,18). E, tal como nós ouvimos o Evangelho do domingo de Ramos (Lc 19,28-40), o evangelista aponta que os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam.
No domingo de Ramos, o Evangelho já nos alertava que os discípulos contemporâneos de Jesus faziam aquilo que Jesus mandava. Jesus mandou desamarrar o jumentinho e eles desamarraram o jumentinho. Jesus os precaveu de que alguém perguntaria por que eles estão desamarrando o jumentinho e disse o que eles deviam responder. E eles responderam, literalmente, aquilo que Jesus mandou e tudo se resolveu.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Como viver bem a Semana Santa no Sul de Minas?

           O primeiro passo é viver bem a Quaresma.
A quaresma é um tempo de preparação, ou seja, não tem fim em si mesmo, mas naquilo para o que ela nos prepara: a celebração do Mistério Pascal de Cristo no ápice do ano litúrgico.
Outro elemento necessário, e que também faz parte dos exercícios quaresmais, é a confissão sacramental. Para viver bem e intensamente o Mistério Pascal é preciso libertar-se das amarras do pecado.
O terceiro elemento é participar das celebrações litúrgicas da Semana Santa, especialmente do Tríduo Pascal, que é o ponto mais alto de todas as celebrações cristãs durante o ano.
Para isto, é importante saber que na Semana Santa o que nós celebramos é a confluência de três ritmos diferentes, dois deles litúrgicos e um próprio da piedade popular herdada das tradições mediterrâneas:

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Lumen Gentium: 50 anos da Igreja Povo de Deus


21/11/1964 – 21/11/2014


«No vocabulário eclesiástico, o termo “constituição” é reservado para textos que expõem e discutem verdades doutrinárias. O atributo “dogmática” eleva a “constituição” ao mais alto grau de importância: esse tipo de documento expõe uma doutrina que tem valor normativo para a fé da Igreja. Em outras palavras, uma “constituição dogmática” apresenta a doutrina da Igreja concernente a determinada questão, uma doutrina que os católicos devem aceitar como autêntica e não-questionável em seus pontos fundamentais»[1].

A Igreja a 50 anos da «Lumen Gentium»

a) O Concílio Vaticano II a 50 anos
Foi em 25 de janeiro de 1959, que o Papa S. João XXIII, na Basílica de São Paulo Extramuros, anunciou que convocaria um Concílio no Vaticano, o segundo. A Igreja estava desejosa de aproximar-se de cada homem para dialogar e afrontar os desafios do mundo moderno. A abertura deste Concílio aconteceu a 11 de outubro de 1962, e sua clausura, a 8 de dezembro de 1965.
O fruto deste trabalho possibilitou à Igreja uma renovada confiança para sair de si mesma, transmitindo, com isso, um grande tesouro: a renovação litúrgica, o ecumenismo, o diálogo com os não crentes, a primazia da Sagrada Escritura, etc. Esta riqueza permite compreender que o Concílio Vaticano II não é a soma de documentos, mas uma «herança viva» que ilumina a comunidade cristã e a vida cotidiana de cada crente[2]. Por isso, se pode dizer que, se o Concílio teve sua abertura e clausura, não teve sua conclusão porque é o que a Igreja segue celebrando e vivendo.