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domingo, 27 de janeiro de 2013

Esta é a nossa fé — 10 — Deus de Deus, Luz da Luz



A convocação do Concílio de Nicéia, em 325, teve como principal objetivo definir a divindade de Jesus Cristo, sem qualquer reserva. Esta foi uma tentativa de fazer desaparecer as doutrinas que colocavam em causa a natureza divina de Jesus Cristo. Por isso, de forma reduplicativa, o «Credo» resultante desse Concílio sublinha que Jesus Cristo é Deus a partir do próprio Deus: «Deus de Deus, Luz da Luz».
Para ajudar a compreender melhor, ler:
- João 1, 1-14;
- Catecismo da Igreja Católica, números 249-256; 261-262.

«O Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus»
Esta proclamação inicial do evangelho de S. João faz parte de um dos hinos mais belos de todo o Novo Testamento. Não são expressões abstratas ou simples enunciados filosóficos; para o evangelista — e para as comunidades que já conheciam este hino — são afirmações de fé sobre a divindade de Cristo. O «Verbo» é a tradução latina do grego «Logos» que significa «Palavra». Com este termo, o hino refere-se à pessoa divina de Jesus Cristo. Neste hino estão elencados os principais temas que vão ser desenvolvidos ao longo de todo o evangelho segundo João. Entre outros, o tema da Luz, referido no «Credo», é um dos que está em destaque: «E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas. O Verbo era a Luz verdadeira» (cf. João 1, 4-9).

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Esta é a nossa fé — 9 — Nascido do Pai antes de todos os séculos



A afirmação da identidade divina de Jesus Cristo ocupa uma parte significativa do «Credo Niceno-constantinopolitano». Nos outros «Credos» (o Batismal e o Símbolo dos Apóstolos) essa referência está apenas associada à filiação («seu único Filho»). As discussões posteriores sobre a divindade de Jesus Cristo levaram a Igreja a explicitar com mais ênfase essa mesma realidade, tal como está expressa no «Credo» que surgiu dos Concílios de Niceia e Constantinopla.
Para ajudar a compreender melhor, ler:
- João 17, 1-26;
- Catecismo da Igreja Católica, números 249-256

 «Aquela glória que eu tinha junto de ti, antes de o mundo existir» 
         Esta é uma das afirmações que encontramos no evangelho segundo João para referir a existência do Filho, a segunda pessoa da SS. Trindade, antes do ato criador. Logo no início o evangelista afirma: «No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus» (João 1, 1). E ao terminar este prólogo acrescenta: «A Deus jamais alguém viu. O Filho Unigênito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer» (João 1, 18). «Eu e o Pai somos um» — afirma Jesus numa das controvérsias com os dirigentes judaicos. E, num dos diálogos com os discípulos, concluiu: «Eu saí de Deus. Saí do Pai e vim ao mundo» (João 16, 27-28). É desnecessário elencar aqui todas as referências bíblicas. O mais importante é reforçar a ideia de que há uma profunda relação entre o Pai e o Filho.