Quando a Igreja nos manda
“participar da Santa Missa todos os domingos e dias santificados” (e esse é o
primeiro mandamento da Igreja, hoje tão esquecido!) ela não tem outro interesse
senão o que de que vivamos em plenitude os mistérios de Cristo celebrados em
cada domingo como que em lições subsequentes, de modo que se perdemos uma,
teremos dificuldade para compreender as seguintes. Viver fiel e intensamente o
Ano Litúrgico é mergulhar no mistério de Cristo e deixar-se transformar por
ele.
Digo isso, hoje, porque com a
Solenidade de Pentecostes coroamos o Mistério Pascal e Deus se torna conhecido
em nós na plenitude da sua revelação: já conhecemos o Pai, nosso criador, somos
obra de suas mãos e tudo o que existe no mundo criado revela a sua grandeza; já
conhecemos o Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador, pois há 50 dias
celebramos a sua paixão, morte e ressurreição; hoje nos é dado conhecer o
Espírito Santo, aquele mesmo Espírito que pôs ordem ao caos da criação, que animou
Jesus na sua missão salvadora e que agora é dado a nós, Igreja como
santificador.
São João tem uma forma toda
própria de falar da vinda do Espírito Santo.