No «Credo
niceno-constantinopolitano», proclamamos que a ressurreição de Jesus Cristo
aconteceu «ao terceiro dia, conforme as Escrituras». Nesta catequese continuamos
a refletir sobre a Ressurreição (cf. catequese 23), para perceber que o
acontecimento está relacionado com as promessas do Antigo Testamento e com as
palavras (e a vida) de Jesus Cristo.
Para ajudar a compreender
melhor, leia:
- 1 Cor 15, 1-11;
- Catecismo da Igreja Católica, números 638 a 658
«Cristo morreu pelos nossos
pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras»
Escreve Paulo, por volta do
ano 56, na Primeira Carta aos Coríntios. Para esclarecer qualquer dúvida que
existisse entre os cristãos de Corinto — «como é que alguns de entre vós dizem
que não há ressurreição dos mortos?» (15, 12), Paulo recorda o conteúdo central
da «confissão de fé» aceita pelas comunidades cristãs e constituída por dois
acontecimentos inter-relacionados: a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
Hoje, esta afirmação paulina é apresentada como «a profissão de fé mais
importante e significativa» (José Antonio Pagola, «Jesus. Uma aproximação
histórica», Vozes) dos primeiros anos do cristianismo, «o primeiro e mais
antigo testemunho escrito sobre a ressurreição de Cristo» (João Paulo II,
Audiência Geral de 29 de janeiro de 1989). Bento XVI a considera a «chave da
cristologia paulina: tudo gira à volta deste centro gravitacional. Todo o
ensinamento do apóstolo Paulo parte do e chega sempre ao mistério daquele que o
Pai ressuscitou da morte» (Bento XVI, «A alegria da fé», Paulinas
Editora, Prior Velho 2012, 40-41). Neste texto, sai reforçada a garantia de que
a morte e a ressurreição fazem parte do plano salvador de Deus.