O primeiro
artigo do «Credo niceno-constantinopolitano» termina com a afirmação de que
Deus é o Criador de todas as coisas, sejam visíveis ou invisíveis: «Creio em um
só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, de todas as coisas
visíveis e invisíveis». A Criação é muito mais do que aquilo que vemos ou
podemos entender.
Para ajudar a
compreender melhor, leia:
- Salmo 104
(103) e
- Catecismo da Igreja Católica, números 325 a 384
«SENHOR, como
são grandes as tuas obras! Todas elas são fruto da tua sabedoria!» — este
versículo do Salmo 104 é uma aclamação ao ato criador de Deus. O salmista
refere que a contemplação da obra criadora de Deus produz em nós o louvor. Cada
coisa está no seu devido lugar, graças à sabedoria divina. E tudo foi criado
com sentido. Cada coisa tem a sua missão. Nada foi feito ao acaso, graças à
sabedoria divina que é a origem de todas as coisas. O poeta ensina-nos que a
contemplação é um ato gratuito e amoroso. Ele convida o ser humano a contemplar
a Criação sem qualquer intuito utilitarista. Inspira-nos a expressar a beleza
presente na Criação, como fez São Francisco de Assis ao compor o «Cântico das
Criaturas». Somos convidados a transformar em linguagem poética a experiência
contemplativa, para a tornar comunicável aos outros.