A convocação do Concílio de Nicéia, em 325, teve como
principal objetivo definir a divindade de Jesus Cristo, sem qualquer reserva.
Esta foi uma tentativa de fazer desaparecer as doutrinas que colocavam em causa
a natureza divina de Jesus Cristo. Por isso, de forma reduplicativa, o «Credo»
resultante desse Concílio sublinha que Jesus Cristo é Deus a partir do próprio
Deus: «Deus de Deus, Luz da Luz».
Para ajudar a compreender melhor, ler:
- João 1, 1-14;
- Catecismo da Igreja Católica, números 249-256;
261-262.
«O Verbo estava
em Deus; e o Verbo era Deus»
Esta proclamação inicial do evangelho de S. João faz
parte de um dos hinos mais belos de todo o Novo Testamento. Não são expressões
abstratas ou simples enunciados filosóficos; para o evangelista — e para as
comunidades que já conheciam este hino — são afirmações de fé sobre a divindade
de Cristo. O «Verbo» é a tradução latina do grego «Logos» que significa
«Palavra». Com este termo, o hino refere-se à pessoa divina de Jesus Cristo.
Neste hino estão elencados os principais temas que vão ser desenvolvidos ao
longo de todo o evangelho segundo João. Entre outros, o tema da Luz, referido
no «Credo», é um dos que está em destaque: «E a Vida era a Luz dos homens. A
Luz brilhou nas trevas. O Verbo era a Luz verdadeira» (cf. João 1, 4-9).